sexta-feira, 20 de abril de 2012

O gosto das palavras

Estive pensando: todo mundo é um pouco chef e um pouco degustador. Entregamos e recebemos sabores junto com o que dizemos e ouvimos.

Ah, como é adocicado o gosto daquilo que a gente quer ouvir! É poesia. É amor. Uma notícia boa. Algo que eu queria ouvir há anos. Um clichê romântico.

Em contrapartida, me corroi a acidez das palavras rasgadas de quem não se importa com o que vão pensar. São comentários cheios de segundas, terceiras e quartas intenções. É a ironia. É o sarcasmo. É o peso de um "não" debochado. Diferente do "não" amargo: o "não" que gera um sofrer sem fim. A negação do meu sentimento. Repelente. Evitando toques, mãos e carinho. Negando o meu "sim".


Eu gosto do gosto de todas.

domingo, 25 de março de 2012

E agora?
Sem lenço e sem documento vamos nós. Entre uma fatia de bolo com sorvete, algumas edições da Piauí e muitas ideias na cabeça, vamos tentando achar o caminho.
Quem entrevistar?
Por onde começar?
Que assuntos abordar?

A gente se acha. 
Pelo menos o primeiro passo já demos: arriscar.


O primeiro desafio é quebrar a barreira do branco.
Depois da nossa primeira orientação com o Professor Josué resolvemos quebrá-la com uma música.


Palavras Não falam - Mariana Aydar
...Eu não escrevo pra ninguém e nem pra fazer música
E nem pra preencher o branco dessa página linda
Eu me entendo escrevendo
E vejo tudo sem vaidade
Só tem eu e esse branco
Ele me mostra o que eu não sei
E me faz ver o que não tem palavras
Por mais que eu tente são só palavras
Por mais que eu me mate são só palavras...